domingo, 25 de abril de 2010

Economia & Meio Ambiente

Vendo, atualmente, todo o debate realizado em torno dos projetos para a usina de Belo Monte (PA), percebi como um texto escrito por mim, há alguns meses, se encaixava perfeitamente ao momento.

Mapa do Pará - localização de Belo Monte

Leiam, reflitam e critiquem:
Padrões. Disso o homem é feito.
Olhando no dicionário encontramos a definição de padrão como aquilo que serve de exemplo, medida, modelo de perfeição.
As civilizações, desde a mais primitiva até a mais moderna e atual, vivem e se organizam com base em padrões. São eles que nos guiam. É através deles que passamos para frente os “hábitos sociais” e o “culturalmente aceito e desejado”.
Existe padrão para tudo: de escrita; de moda; de desejos; alimentares e de consumo. Há também padrões econômicos, políticos e - por que não? - de desenvolvimento.

Local de construção da Usina de Belo Monte

Com o intuito de alcançar esse “modelo de perfeição” tão desejado, o homem e, em maior escala, os países e blocos econômicos buscam o lucro, utilizando-se das técnicas do capitalismo Industrial e Tecnológico, com a extração dos recursos naturais e a produção em larga escala. No entanto, em sua maior parte, eles não levam em conta os prejuízos sociais e ambientais de toda essa ganância.
Porém, apesar de constituírem modelo, os padrões são mutáveis. Para perceber tal característica basta olhar para a história da humanidade: os costumes, as necessidades e objetivos foram alterados, com maior ou menor intensidade, a cada descoberta e/ou criação humana.
Houve um tempo em que caçávamos antílopes e dormíamos em cavernas para sobreviver e a única força incorpórea capaz de modificar nossas vidas era chamada de Deus e não Mercado.
Portanto, já que o perfeito de hoje não precisa, necessariamente, ser o de amanhã, o mundo globalizado pode sim recriar os padrões. A sociedade atual pode deixar como herança às crianças ideais e costumes que as levem a ter, futuramente, objetivos ambientalmente mais promissores e a construir uma nova Economia, onde os desejos não são mascarados e tratados como necessidades e na qual a Terra volte a ser reconhecida como o mais importante recurso produtivo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário